Pulgão lanoso da macieira

Ao contrário de outros afídeos, o ciclo de vida e a sobrevivência de ano para ano do afídeo lanoso depende inteiramente de formas sem asas, partenogenéticas e vivíparas. Por vezes, no outono, são produzidas algumas fêmeas ovíparas sem asas, mas os seus ovos não se desenvolvem.

As fêmeas adultas vivíparas (sem asas) do afídeo lanoso têm 1,2-2,6 mm de comprimento, são castanhas arroxeadas e estão cobertas por massas de cera branca e farinhenta. Os sifúnculos são semelhantes a poros e a cauda é pequena.

O Eriosoma lanigerum hiberna como ninfas "nuas" (sem cobertura de cera) nas macieiras, abrigando-se em fendas e sob a casca solta. As ninfas tornam-se activas no final de março ou abril (no hemisfério norte) e, por volta do final de maio, podem ser observadas grandes colónias cobertas por uma "lã" branca e pegajosa, principalmente em esporões e ramos.

Muitas gerações ocorrem durante os meses de verão, também em novos rebentos. Os rebentos aquáticos que nascem do tronco ou dos ramos principais são atacados com muita frequência. Os pulgões propagam-se principalmente através de ninfas jovens e sem asas
que rastejam ou são levadas pelo vento de árvore em árvore. Por vezes, alguns pulgões alados são produzidos no verão.

No início do outono, surgem fêmeas ovíparas aladas, mas os seus ovos não se desenvolvem.

Ao contrário do que acontece na América, na África do Sul e na Austrália, o pulgão lanudo não infesta as raízes na Europa (exceto raramente se estiverem acima do solo) nem a parte basal subterrânea dos troncos.